Seguidores

Os Nossos Guardiões

sábado, 27 de julho de 2013

UMA HISTÓRIA DE CURA


O VENTO QUE SOPRA PELAS FLORES


imagem aqui
 
 
«Há alguns anos, em Seattle, Washington, vivia um refugiado tibetano de 52 anos de idade.

“Tenzin”, é como vou chama-lo. Foi-lhe diagnosticado como portador de uma forma de linfoma das mais fáceis de curar.

Ele foi internado num hospital e recebeu a primeira dose de quimioterapia.

Mas durante o tratamento, este homem normalmente gentil tornou-se agressivo e irritado; arrancou a agulha intravenosa do seu braço e negou-se a cooperar.

Ele então gritou com as enfermeiras e discutiu com todos ao seu redor.

Os médicos e enfermeiros ficaram desconcertados.

Depois, a esposa de Tenzin falou com o pessoal do hospital.

Ela contou que Tenzin foi um prisioneiro político dos chineses por 17 anos.

Eles mataram a sua primeira esposa e ele foi repetidamente torturado e brutalizado durante todo o tempo em que esteve preso.

As normas e regulamentos do hospital, juntamente com a quimioterapia, fizeram Tenzin recordar todo o sofrimento que passou nas mãos dos chineses.

“Eu sei que vocês querem ajuda-lo,” disse ela, “mas ele sente-se torturado pelo tratamento.

Eles fazem com que ele sinta ódio internamente – da mesma maneira que os chineses o fizeram sentir.

Ele prefere morrer do que viver com o ódio que está sentindo agora.

E, segundo nossas crenças, é muito ruim ter tamanho ódio no coração na hora da morte.

Ele precisa estar apto para rezar e limpar o seu coração.”

Assim, o médico dispensou Tenzin e recomendou uma equipe da clínica de repouso para visitá-lo em casa.

Uma enfermeira foi encarregada de cuidar dele.

Ela entrou em contacto com um representante da “Amnistia Internacional” para pedir conselhos.

Ele disse que a única forma de sanar o trauma da tortura era “falar” sobre a tortura.

“Essa pessoa perdeu a confiança na humanidade e sente que a esperança é impossível.”

Mas a enfermeira encorajou Tenzin a falar sobre as suas experiências, ele ergueu as mãos e fê-la parar.

Ele disse, “Eu preciso aprender a amar de novo se eu quiser curar a minha alma.

A sua tarefa não é fazer perguntas. A sua tarefa é ensinar-me a amar novamente.”

A enfermeira respirou profundamente e perguntou, “E como eu posso fazê-lo amar de novo?”

Tenzin respondeu prontamente, “Sente-se, tome o meu chá e coma  os meus biscoitos.”

O chá tibetano é um chá preto forte, coberto com manteiga de iaque e sal. Não é fácil de bebê-lo!

Mas, foi o que a enfermeira fez.

Durante várias semanas, Tenzin, a sua mulher e a enfermeira tomaram juntos o chá.

Também conversaram com os médicos para achar formas de tratar as suas dores físicas.

Mas era a sua dor espiritual que deveria ser diminuída.

Cada vez que eu chegava, via Tenzin sentado de pernas cruzadas na sua cama, recitando preces dos seus livros.

Com o passar do tempo, a sua mulher foi pendurando mais e mais ‘thankas’, bandeirolas budistas coloridas, nas paredes.

Em pouco tempo, o quarto parecia um templo colorido.

Com a chegada da primavera, a enfermeira perguntou o que os tibetanos faziam quando estavam doentes na primavera.

Ele abriu um grande sorriso e disse, “Nós sentamo-nos e aspiramos o vento que sopra pelas flores.”

Ela pensou que ele estava a falar poeticamente, mas as suas palavras eram literais.

Ele explicou que os tibetanos fazem isso para serem pulverizados com o pólen das novas flores, carregadas pela brisa.

Eles acreditam que esse pólen é um potente medicamento.

No primeiro momento, encontrar muitas flores parecia um pouco difícil.

Mas, um amigo sugeriu que Tenzin visitasse algumas floriculturas locais.

A enfermeira ligou para o gerente de uma floricultura e explicou-lhe a situação.

A sua reação inicial foi “Você quer o quê???”

Mas quando eu expliquei melhor o meu pedido, ele concordou.

Então, no fim-de-semana seguinte, a enfermeira levou Tenzin, e sua mulher e suas provisões para a tarde: chá preto, manteiga, sal, biscoitos, almofadas e livros de preces.

Ela deixou-os na floricultura e combinou ir buscá-los pelas 17 horas.

No outro fim-de-semana, visitámos outra floricultura.

E mais outra no terceiro fim-de-semana.

Na quarta semana, a enfermeira começou a receber convites das floriculturas para Tenzin e a sua mulher voltarem novamente.

Um dos gerentes disse, “Nós temos uma nova remessa de nicotianas e lindas fuchsias…ah, sim! E temos belas dafnias.

Eu sei que eles vão adorar o perfume das dafnias! E eu quase me esqueci!

Temos uns novos bancos de jardim que Tenzin e a esposa vão adorar!”

No mesmo dia, outra floricultura ligou dizendo que eles tinham recebido birutas coloridas para Tenzin saber de que direção o vento estava soprando.

Logo, as floriculturas estavam competindo pelas visitas de Tenzin.

As pessoas começaram a dar atenção ao casal tibetano.

Os empregados arrumavam os móveis de frente para o vento.

Outros traziam água quente para o chá. Alguns fregueses regulares deixavam seus carrinhos de compras próximos do casal.

E no final do verão, Tenzin voltou ao seu médico para novos exames e determinar o desenvolvimento da doença.

Mas o doutor não achou nenhuma evidência de câncer.

Ele surpreendido, disse a Tenzin que ele simplesmente não sabia explicar aquilo.

Tenzin levantou o dedo e disse:

“Eu sei porque o câncer se foi embora. Ele não podia mais viver num corpo tão cheio de amor.

Quando eu comecei a sentir a compaixão das pessoas da clínica, dos empregados das floriculturas, e todas essas pessoas que queriam saber de mim, eu comecei a mudar por dentro.

Agora, eu sinto-me afortunado por ter a oportunidade de ser curado desta forma.
Doutor, por favor, não acredite que a sua medicina é a única cura.

Às vezes, a compaixão pode também curar um cancro.»

"Uma história Tibetana de cura"   Lee Paton
 
 
E nós? será que estamos a deixar o vento que sopra pelas flores inundar a nossa vida?
Respire esse vento de amor e de cura, deixe que esse vento espalhe a semente do perdão e o amor na sua vida, e deixe-a germinar.
O perdão não é um benefício para o "outro", mas sim para nós. Somos nós que sofremos com o rancor que guardamos, com as mágoas que acalentamos no nosso coração e  provocam sofrimento apenas em nós. Enquanto não perdoamos não somos livres, ficamos acorrentados aos sentimentos  destrutivos de raiva, mágoa e até autocomiseração e vitimização. Liberte, solte a raiva e a mágoa, substitua-as por compaixão, substitua o ódio por amor, e será muito mais feliz e saudável... seja humilde e generoso nos sentimentos, espalhe amor e perdão em abundancia e atraia abundancia para a sua vida.
Liberte, ame e seja feliz!
Idália Henriques

Sem comentários:

Enviar um comentário

Se gosta do conteúdo do nosso blog, sinta-se à vontade para deixar o seu comentário.

Obrigada.

Abraços de Luz,

Espaço Consciência Pura

Administradoras: Idália Henriques e Cris Henriques :)

ShareThis